Ao sentimento da distância
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Procuro em cada som uma mensagem tua
Corro a casa em espera:
Talvez daqui a pouco...
Só mais uns minutos...
Talvez agora não possa...
Corro a paisagem sem te ver,
Não sei de ti.
Preciso te ver
Preciso de te tocar
Preciso do teu beijo
Do calor do teu corpo
Mas nada...
Nada parece sobrar de nós
O tempo apagou tudo o que existiu.
Sei que não temos futuro...
As vezes que já ouvi isto...
Mas eu não quero o futuro
Quero o presente
Pois é nele que vivo
É nele que sou feliz
É nele que o Universo se realiza.
Compreendo a distância
Ela é a incerteza
Que define a certeza
Do querer ou não querer.
Compreendo a distância...
Essa vil tormenta dos amantes
Que mascara o sentimento
Com sombras de esquecimento.
Não compreendo a distância...
E espero uma mensagem que há de chegar:
Talvez daqui a pouco...
Só mais uns minutos...
Talvez agora não possa...
E neste jogo entre a paciência e a esperança
Entre o nervosismo e a desilusão
Passo os meus minutos
Me torno louco
Do peso do dia
Do peso do mundo
Que agora carrego sozinho
Mas...
Talvez daqui a pouco...
Só mais uns minutos...
Talvez agora não possa...
25/Maio/2004
temas adorados pelos poetas que tanto detestam esses sentimentos. é curioso procurar entender (ou pelo menos reflectir) a compelxidade hunmana.. temos sempre a tendência para falar sobre o que mais nos toca e daquilo que nos deixou maior mágoa. o peso infindável do dia e o sentimento de castração pela ausência assola-nos a todos e transform-nos no mais profundo aedo dos tempos antigos..
Ana