domingo, fevereiro 12, 2006

At the department of the forgotten things
















Waterhouse - Adonis awakening

ás vezes acordo e penso que devo dizer-te que te amo

Quem És Tu, de Novo

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo

Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Jorge Palma

1 Opiniões

Anonymous Anónimo said...

acabo de ver as pontes de madison county e mais uma vez a insonia assola-me... nao consigo deixar de pensar pureza de sentimentos que alimentaram aqueles dois seres que apenas se souberam conhecer num tempo tão escasso da sua vida. lembra-me um desafio proposto também aqui nesta página sobre o que fariamos por amor e uma resposta que vai exactamente ao encontro deste filme...seriamos capaz de deixar quem amamos porque sabiamos que acabariamos por nao a fazer feliz. ser capaz de amar os momentos, saborear o seu sabor quente que deixou no nosso corpo ao fim de tantos anos e perguntar sempre "quem és tu, de novo?". sentir vontade de mmo à distância e mmo sabendo que nunca mais se vão ver de novo , procurar o outro mmo nos pensamentos e saber sempre que da outra parte a mesma pergunta está a ser feita nesse preciso momento.

perdoem-me este pequeno momento de desvairio nocturno. o meu caro admnistrador do blogue tem sempre a liberdade de os retirar, ele sabe.

ana

segunda-feira, 13 fevereiro, 2006  

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