As cinco idades do Homem na Grécia Antiga
Segundo a mitologia grega, não houve criação do Homem por parte de qualquer divindade. Aquele surgiu espontaneamente da Gea e passou por cinco idades: Idade do Ouro, Idade da Prata, duas Idades do Bronze e uma Idade do Ferro.
Na Idade do Ouro viviam sem preocupações e sem necessidade de trabalhar. Tinham toda a comida que precisavam ao seu alcance, dançavam e divertiam-se imenso. Não envelheciam nunca. Estes homens haviam desaparecido mas os seus espíritos continuavam presentes, bafejando os mortais com a sorte e zelando pela justiça.
The dream of Human Life, Miguel Angelo
Depois veio a Idade da Prata, em que os homens se viram submetidos à vontade maternal, a quem jamais desobedeciam ou contrariavam. Eram ignorantes e não faziam sacrifícios aos deuses, motivo pelo qual Zeus os destruiu.
Em seu lugar vieram os homens da Idade do Bronze. Tinham armas deste metal. Eram cruéis e insolentes, instalando várias vezes a guerra entre eles. Uma peste terminou com esta fase da Idade do Bronze.
A segunda fase da Idade do Bronze trouxe consigo homens mais nobres e generosos, pois foram concebidos pelos deuses e mães mortais. Foram estes que lutaram gloriosamente em Tebas, na expedição dos argonautas e na guerra de Tróia. Pelos seus feitos, foram convertidos em heróis e ao morrer habitaram os jardins Elíseos.
Os seus descendentes deram lugar à Idade do Ferro, a última de todas e que os deuses consideravam a mais perfeita. Mas a imagem que os homens tinham de si mesmos não era a melhor. Consideravam-se indignos descendentes dos heróis, e além disso, eram cruéis, injustos e maliciosos.