Parábola de um tempo distante
A Vida surgiu com um “Sim”.
O sim de uma Vontade ou o sim de uma molécula para a outra.
Esse sim permitiu tudo o resto e não tardou a surgir o Não.
A dualidade transformou os habitantes da Primeira Era. Ficaram confusos. Passaram séculos a tentar regressar ao absoluto, ao uno, ao vero.
Procuraram no Universo, na Terra, na Água e em Si próprios um princípio que tudo regesse. Julgaram que tinham chegado a ele. Não sabiam se haviam de escrever “ele” ou “Ele”. Imaginavam apenas que era um único princípio. Então travaram guerras, derramaram sangue, destruíram impérios, impondo a forma de se referir a “Ele”. Estavam dispostos a morrer e a matar por este princípio que pensavam ter descoberto.
Tinham a chave da compreensão da Vida.
Construíram o mundo que achavam perfeito: que obedecia a princípios perfeitos e para que perdurasse no tempo, criaram os filhos segundo modelos perfeitos. Estimularam neles a inteligência, a criatividade, as boas maneiras, e o respeito pelos outros e principalmente por esse Princípio.
Então seguiram pela estrada dos séculos: a sociedade perfeita. Conseguiram que todos tivessem as condições para serem felizes. Mas a par disso começaram a construir um muro entre aqueles que o conseguiam e os que não conseguiam. Surgiu um muro alto entre a felicidade e a infelicidade, entre os pobres e os ricos, entre a fé e a descrença.
Torre de Babel, Pieter Bruegel, o Velho
Esses muros eram legais. Não atravessavam nenhum Estado, nenhum rio, nem nenhum deserto. Estavam enraizados na humanidade, qualidade de ser humano.
Impediam-lhes de ver a pobreza, de ver a tristeza e o sofrimento e mantinham-nos num mundo seguro, aquele que tinham criado com tanta dedicação. Viviam uns ao lado dos outros, trabalhavam lado a lado e viajavam juntos diariamente. Mas não sabiam que alguns deles atravessavam todos os dias aquele muro.
Alguns diziam já que o muro de tão alto podia ser ameaçador. Mas continuaram a elevá-lo. Não ligaram às críticas dos poetas e dos filósofos e acusaram-nos de loucos.
O verdadeiro princípio tinha sido esquecido há muito. Não foram capazes de ver que nunca o tinham posto em prática, que impuseram normas conforme as necessidades, adaptando-as aos interesses daqueles que viviam no lado oficial do muro. E debateram-se até ao final por um Princípio que não existia levando os habitantes da Primeira Era à extinção.
Querem fazer parte de uma segunda Era ou querem mudar o rumo desta para o caso de ser a única?
Gostei muito... Foi o menino que redigiu?
Olhe, onde foi parar aquela parte dedicada a mim?
Jinhos
O conceito da torre de babel é mt interessante. Há um cd do I-Wolf (músico autriaco) intitulado "I-Wolf And Burdy Meet The Babylonians" que tem o conceito da torre de babel como ponto de partida. vale a pena ouvir :-)
Para a zézé: mt obrigado e sim foi o menino que redigiu! Agrada-me que tenha lido! ;-)
A parte dedicada a si tirei pois achei que era giro para estar num blog sobre a familia... coisa que este não é!
Volte sempre,
Saudações fraternais
Para o sérgio: vou procurar essa música.
Sobre o tema da torre de babel será interessante explorá-lo numa próxima vez!
Entretanto preparo algo sobre a caixa de pandora!
Abraço e obg pela visita