Soneto da Separação
Vinicius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silêncioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Bonito soneto!
Tem a capacidade de retratar de uma forma sublime um momento difícil.
dcg
Gostei do seu blog, especialmento do post sobre janelas e guilhotinas.
Tenho uma página semanal num jornal dos Açores, chamada blogs.do.mundo e gostaria de saber se me dá permissão para publicar esse post. Trata de uma temática interessante e aqui em Angra do heroísmo, cidade Património Mundial, o que mais há são janelas de guilhotinas.
Cumprimentos:
Félix
Obrigado pela permissão. Já foi publicado.
Aproveito para vos desejar um óptimo Natal.